quinta-feira, 23 de maio de 2013

Quando Surge a Aurora-Capítulo 1

Um pouco sobre mim



  Nossa o galo já cantou, parece que nem dormi, mas está na hora de trabalhar, meu nome é Jasmim e moro nessa fazenda desde que meus pais morreram quando eu tinha 16 anos, por favor, não sinta dó de mim, já tenho 25 anos sou crescida e superei, afinal sei que o propósito de Deus era levá-los, desde então venho cuidando dessa fazendinha sozinha, já me disseram para vendê-la e ir tentar uma vida na cidade, mas não, essa é a herança dos meus pais e única lembrança deles.
  Todos os dias eu levanto quando o galo canta, ponho meu macacão azul que todos dizem que é feio, mas eu gosto dele poxa, pego minha cestinha e vou colher flores em um campo do lado da fazenda, aproveito e vejo a aurora que sempre me traz alegria e animo para começar o dia, trago as flores para casa e ponho no meu jarro especial, ordenho as vacas, com o leite eu faço um delicioso café da manha e tomo tranquila e admirando minha linda paisagem pela janela que dá direto para o campo e para outra fazenda estranha e abandonada que tem lá perto falarei mais dela depois, cuido das galinhas, dos porco e do meu cavalo que meu pai me deu quando era pequena, o nome dele é Smile, eu era pequena quando coloquei o nome dele entendam e também cuido da minha cadelinha a Esmeralda, e assim vou fazendo minhas obrigações aqui na fazenda até anoitecer, porque sempre tem algo pra fazer.
  Duas vezes por semana eu vou até a cidade e vendo o que eu produzo na fazenda e compro o que eu preciso a cidade não é muito longe não dá até para ir a pé lá o problema é que cansa, mas eu tenho minha carroça, na verdade não é nem uma cidade, é somente um pequeno vilarejo com poucos habitantes, mas com alguns comércios e a feira, que é onde eu vendo minhas mercadorias. As pessoas são simpáticas e amigas, todo mundo se conhece, devido ao que ocorreu comigo eles me ajudaram muito, pois eram grandes amigos dos meus pais, até eu me firmar financeiramente e reassumir a fazenda, eles me alimentaram e cuidaram de mim o seu Antônio do mercadinho, a dona Clara costureira e principalmente o casal Lisa e Túlio da padaria, posso os considerar meus segundos pais.
  O pessoal do vilarejo me chama de pequena camponesa, só porque eu escolhi ficar na fazenda e não ao lado deles, todos ficaram dizendo “Você é doida, morar sozinha naquele lugar escuro e solitário na cidade você ficara bem mais protegido”, não estou sozinha tenho meus animais e já acostumei com o escuro, minha fazenda tem energia. A população do vilarejo é festeira toda sexta feira tem uma festinha na casa de algum e as festas comemorativas do vilarejo é uma gracinha tudo bem organizado e enfeitado, crianças correndo de um lado pro outro, danças, e canções especiais, a minha mãe não perdia uma dessas festas mesmo meu pai cansado ela me colocava na carroça e rumo ao vilarejo.
  Os dias da fazenda até passam rápido me distraio com meus afazeres e quando percebo já anoiteceu, adoro o silencio daqui, as paisagens tudo perfeitamente calmo é assim que acontece quando surge a aurora.





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